Minha experiência com o Linux
Esse texto não tem relação com o mestrado ou a busca por um mas tem relação com experiências. Design são experiências. Educação também é.
Começando por algum lugar…
Para entender essa experiência é interessante lembrar que meu primeiro com o Linux foi lá na ESDI, numa das edições do evento GnuGraf. Faz poucos anos mas valeu a visita. O evento tinha uma série de palestras no 1º dia e workshops no 2º dia. Graças a esses dois dias o contato inicial foi bacana e prolifero pena que não muito extenso além da forma e tempo que poderia ser.
Desde o início da pandemia, venho trocando a base de programas. Graças a isso venho reaprendendo a pensar o Design das coisas: interfaces, processos, ferramentas, sistemas, enfim várias coisas que são próximas e diferentes ao mesmo tempo.
Parte 1: Ubuntu...
Cerca de 1 mês atrás decidi instalar o Ubuntu no laptop. Apesar de usar o Janelas (o famoso Windows) faz anos (desde a versão Windows 3.1), nada me impedia de usar alguma coisa dos Pinguins (o tal do Linux ou GNU e suas muitas derivações). Tentei usar por algumas horas e levei uma surra do sistema. Além de precisar instalar umas 2 vezes até funcionar direito. E isso aconteceu quando eu estava com tempo e disposição para aprender a usar ele. No final já havia usado o suficiente para perceber “esse cara não é pra mim”. Vamos deletar e voltar ao normal…
Parte 2: Linux Mint...
Lá na ESDI o contato com o Linux foi bom e mesmo sabendo trabalhar com o Blender, foco do workshop do dia, melhor que isso foi verificar que várias coisas estavam disponíveis de forma simples, direta e com apenas um navegador de internet para me auxiliar. Não fiquei perdido.
Essa semana, no presente, depois do fracasso com o Ubuntu, escolhi o Mint para testar. Rodou de boa. Funcionou no laptop de forma lisa. Sem gargalos ou engasgos. Mas alguma coisa não estava boa. Era muito Windows XP. Coisa antiga, travada mas que funciona e serve pro quem precisa.
Para entender: no Linux existem 2 conjuntos de programas, os instaláveis e os portáteis. Bem parecido com o Windows também. Para ficar melhor ainda alguns desses programas são carregados das lojas de aplicativos e outros apenas em modo portátil, baixa da rede, dê duplo clique e funcia. Para minha surpresa, apenas 1 aplicativo não tinha na loja do sistema então parti para os portáteis e foi aí que o problema veio. Estava bom demais para ser verdade. Desde a versão 20.04 LTS do Mint o sistema não aceita, via programação de fábrica, os aplicativos portáteis. Logo um dos que mais uso iria precisar deixar disponível e não rodou?
Resultado disso foi que formatei o sistema inteiro e voltei a estaca zero. De novo no sistema do tio Bill Gates. Ao menos por ali sei que o caminho é mais simples mas queria algo diferente.
Na Comunidade do Krectheu no Telegram, comunidade de um professor de informática famoso, fiz algumas perguntas para tirar dúvidas com a galera. Da comunidade, solícita que só (grato a todos os que responderam), me deixaram algumas indicações. Uma distribuição que gostaria de testar era a PopOS mas a instalação seria complica. Preferi recorrer a outra solução. A comunidade me indicou novos sistemas e o que me agradou mais, por fatores de entretenimento, foi a Regata OS.
Parte 3: Regata OS...
Baixei o sistema. Formatei o pendrive. Testei a versão portátil do sistema. Me agradou. Instalei no laptop e não rodou. Como assim? Fuça as coisas e descobri, instalei errado essa parada. Volta ao Windows, formato o disco e testa de novo. Blerg… Deu erro de novo. E lá se foram as horas do jornal dessa manhã.
Procurei a comunidade brasileira do sistema no Telegram e outros vídeos no YouTube. A parte boa começou a se mostrar. Curiosidades à parte da experiência geral que tive foi: o desenvolvedor do sistema é um carinha de Recife. Já me deixou surpreso. Quando cheguei na comunidade do Regata a galera era, se não todos, a maioria Br. Já me ajuda bastante. E quando tentei instalar pela 3a vez, que deu errado de novo, fui no grupo e falei dos problemas.
A galera realmente me ajudou muito a tirar dúvidas boas do que estava fazendo errado. Me indicaram outro vídeo. Vi o 2º vídeo e de tarde, depois do almoço, pela quarta vez no dia, tentei de novo. Dessa vez carregado de informações relevantes e finalmente a coisa andou. O sistema roda de boa mesmo um tanto lento. A loja de aplicativos funciona bem, mesmo que algumas coisas teimando em não instalar direito por ela. Os aplicativos AppImage (os tais portáteis no Janelas) também funcionaram… Enfim o melhor dos dois mundos. Tudo Open Source e compatíveis com meus arquivos eee… o laptop desloga do usuário sozinho. Oi? Como assim? Qual foi a parada dessa vez?
Enfim. O laptop já tem seus 5 anos. Um Intel i5 de 5a geração com 8GB de ram e um HDD de 512 GB. A placa de vídeo é integrada ao processador então ela é limitada. Dessa forma sabia que precisava de algo leve no laptop para fazer funcionar direito.
Talvez tenha sido um conjunto de fatores que fez o sistema deslogar sozinho da área de trabalho. Até porque, estava fazendo muitas coisas juntas e provavelmente algum erro de tarefas causou o desligar. Foi então que desliguei tudo. Voltei ao ponto inicial e o sistema funcionou de boa. Voltei a instalar o que faltava e peguei os aplicativos portáteis. Testei e rodaram. Agora sim parece que foi...
Conclusão...
E o Ubuntu? Deixa pra quem tem a cabeça fechada com esse sistema. Para outros pensamentos troque de sistema. E o Mint? É um bom começo para quem pretende sair do Janelas, o famoso Windows, mas é um tanto capado com relação ao Regata OS. Palmas para os Brasileiros que desenvolveram esta solução.
O Sistema que é desenvolvido por um carinha maroto do Recife, me surpreendeu pela quantidade de coisas que ele tem. É leve e direto ao ponto. Me deu um certo trabalho para fazer funcionar mas resolvendo esses entraves a coisa andou. Além de ter funções exclusivas para jogos, o sistema da Steam e outros, também é compatível com o Lutris e o pacote Vulkan para ajudar a melhorar e aumentar a experiência de jogos aos mais fanáticos e não saem do Windows por isso. Agora existem soluções que fazem os jogos rodarem no Linux sem dificuldades. Provavelmente um CS GO e DOTA da vida vão rolar de boa. Além dos muitos aplicativos disponíveis, é estável o bastante para não deixar seus usuários na mão. Pode melhorar? Sem dúvida alguma e de certa forma é uma das experiências mais confortáveis que tive nessas últimas semanas com o Linux.
Recado ao Mint: espero que voltem com a possibilidade de usar AppImage porque faz falta. O verde padrão do sistema não caiu legal. Tem uns planos de fundo interessantes mas não me agradaram. Ao Ubuntu e aquele roxo característico do sistema, é um balde de água fria nos usuários. Muito defunto. Roxo me lembra morte, foi mal. Pode ser por isso que vi no Regata OS, todo azul, em vários tons, algo mais confortável. E ele tem certa cara de Windows pode ser isso?
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