A função 'muderna' das artes
Era tudo parte da "Era dos Extremos"
Entre 1850 e 1914 o ocidente viu uma série de revoluções culturais, políticas, artísticas e sociais abalar a estrutura consagrada do mundo europeu institucionalizado. Enquando a Guerra Civil Espanhola, seguia a 1a Grande Guerra e no final a Revolução Russa escancarava a realidade macabra dos governos de então, fez os olhos do mundo mudar.
A arte, em seus movimentos contra hegemônicos de representar os contrastes da vida em relação a sociedade da época, mostrava como o período estava podre e pobre dentro de suas próprias estruturas, fez as vanguardas da arte ocidental muito mais do que retratar e criticar os respectivos períodos. Sem se perder nos processos de criação que ela era conhecida, mostrou a crueldade humana e buscou alternativas para que essas aberrações parassem.
Entre 1918 e 1940 o mundo ocidental, vulgo Europa e principalmente Alemanha, continou sofrendo as consequencias nefastas do final dos conflitos vivdos, e para pagar a conta daquela maldita guerra, o custo foi alto, até que o fator político e econômico subiu ao poder com o Nazismo, e paralelamente o Facismo italiano seguiu seu caminho e recorte pra chegar ao respectivo poder.
Depois da 2ª Grande Guerra o fator "institucional" do mundo ganhou novos patamares e participantes enquanto URSS e USA faziam de seus modelos políticos e econômicos os motores do mundo, sendo as duas Grandes Potências, principalmente Militares, a dar as regras do jogo.
Tais situações deixaram de ser movimentos políticos? Não pois nunca deixaram de ser movimentos políticos.
Até que chegamos onde estamos hoje. Onde duas grandes forças políticas e culturais, USA (ocidente) e China (oriente), mostram que os conflitos podem voltar. Não pela China, propriamente dita, mas pela tal Russia, no oriente, contra o modelo institucionalizado do ocidente, EUA + UE, como o conhecemos hoje. Ou seja, existe uma nova revolução politico cultural a vista? Talvez.
Mas a tal faceta do Fascismo, USA, e o Nazismo, Israel, nunca deixarm de existir. Além de ser um contraponto bastante polêmico e indigesto, paira no ar com a situação Palestina, oprimidos, vs Israel, opressor. Entretanto, sabemos que um certo brasileiro fez um recorte interessante, décadas atrás, quando falou que "A vontade do Oprimido é virar Opressor" e essa situação não está nem um pouco distante do que ocorreu mais de um século atrás.
E as Artes o que tem de relação com isso tudo?
A Arte, de forma ampla, é o mecanismo sociopolítico e sociocultural presente para mostrar esses conflitos contemporâneos aos quais vivenciamos. Enquanto os artistas, visionários construtores de modelos pragmáticos e concretos da realidade midiática, conduzida pelos meios de comunicação existentes, aqueles que observam as mudanças do mundo, construindo com seus aparatos tecnológicos, os recortes politicos e sociais que serão parte dos nossos livros de história em poucos anos.
Lembro sempre que não só de China, Rússia, Palestina, EUA, Europa, Israel, estão em conflito. Outros menores, mas tão nefastos e indigestos ocorrem enquanto a nossa mídia do colarinho branco e das bravatas engravatadas, ignoram essas realidades menores.
O que está em jogo? É o poder econômico que sofre abalos em suas instituições, propriamente dito, ou é apenas um controle de pensamento das massas que estamos vivendo e presenciando sem fazer movimentos contrários?
Meses atrás falei em um grupo/rede social, que devido o advento exponencial das inteligências aritificiais, estamos vivenciando outra revolução artístico cultural, da mesma forma como a das máquinas causaram ao mundo entre 1860 e 1914, devidamente onde este texto começa.
Então, já que o texto é sobre ARTE, qual o papel dessa tal de Arte? Explanar e dialogar com a sociedade, a partir de diferentes mecanismos e artefatos, o que o mundo está passando em seus diferentes recortes.
Enquanto a filosofia se debruça sobre as perguntas que precisamos fazer para organizar nossos pensamentos, é a sociologia que irá trabalhar e se debruçar nos contextos e consequencias do atual momento que vivemos. A antropologia seguirá seu caminho intermediário entre ambas as cadeiras, filosofia e sociologia, mas será o Design, como produtor da cultura material da sociedade, que precisará entender que não se constrói mundo moderno sem a materialização dos distintos desejos sociais que a Arte demonstra nos seus registros de época.
Como então o mundo irá se comportar daqui pra frente?
Esse é o objetivo geral da sociedade, enquanto o político será, de novo, de redefinir os manipuladores "constructors" da atual visão de sociedadde que compartilhamos ou repudiamos.
Até o próximo texto.
Ass.: Thiago C. Sardenberg
OBS: para aqueles que gostarem da explanação deixe um comentário e se usar como aparato de pesquisa referenciar ao blog e a seu autor. Grato.
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