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Sente-se, relaxe, vá ao banheiro e pegue uma água antes, não diga que não avisei, e não pense em terminar esse texto tão cedo. Só comece a lê-lo caso queira perder um tempo precioso lendo uma historinha de que já tem 9 anos, caso contrário, está avisado.
Foi em Setembro de 2015 que decidi fazer uma pós graduação em docência para aprender mais sobre educação, ensino e vários outros assuntos coligados que não imaginava me interessar tanto. Há 1 ano atrás (no dia 11/05/2017) este blog “o mestrado me tira do sério” começou. Foi durante esse tempo que vim publicando diversos textos das leituras do futuro mestrado. Vindos de variados temas, de livros e assuntos relacionados estão nesse blog. Nesse dia foi o dia que este trabalho começou e até agora não parou. Apesar de ser apenas uma proposta, esta não tem previsão de parar.
Como cheguei até aqui? Recapitulando os últimos anos...
Em Dezembro de 2009 terminava a faculdade e estava mais perdido que cego em tiroteio. Me tornava um novo formado (por instituição de ensino superior) e por ser mais um (no meio dessa multidão) não me ajudou em nada a escolher um caminho ou um local que gostaria de exercer uma função/trabalho que poderia ser exercida por diversos anos e talvez algumas décadas.
Já fui produtor gráfico, já fui designer gráfico, já fui publicitário, já fui professor...
Durante o ano de 2010 fiquei trabalhando um tempo até entender que precisava de algo a mais para complementar a minha formação. A dúvida entre mestrado e pós graduação (e o não conhecimento previsto para entender as diferenças entre lato-senso e stricto-senso) era enorme. Ao conversar com meu pai sobre qual das duas tentar a resposta dele foi a melhor “Tente as duas!” e foi quando descobri como era complicado arrumar os documentos para o mestrado (sem falar em qual mestrado escolher).
Fui para a pós graduação (MBA para os mais modinhas) em Design Estratégico. Esta me ajudou a entender o que realmente faço como profissão e depois outros cursos apareceram... Mesmo trabalhando com publicidade (algo que detesto) e recebendo pouco, mesmo assim, era algo que me mantinha ocupado. Até que veio uma depressão devido ao trabalho (a empesa era ruim) e preferi sair.
Ao me afastar fiquei sem trabalhar alguns meses e quando vi estava fazendo monitoria num cursinho que me ensinava algumas coisas interessantes sobre jogos digitais e artes digitais. Até que percebi “não haveria evolução para outras propostas de trabalho sendo monitor” pois outros já haviam passado. Independente do quanto eu soubesse (a direção do tal curso não me via assim) preferi cair fora e voltar ao design, minha casa, minha formação, meu terreno favorito...
Já estava 2012 e voltava à produção gráfica. Passar num processo (no mínimo estranho) muito rápido de entrevista numa gráfica foi surpreendente. Comecei a trabalhar e me achava o máximo. No fundo não sabia tanto mas tinha algum conhecimento da área. Graças aos bons professores que passaram na minha formação e o conhecimento de muitos anos do software usado estava um tanto tranquilo e confiante. Até os erros aparecerem por falhas da comunicação interna.
Em 2013, depois de mais alguns meses nessa gráfica, pedi as contas. A administração era terrível e não pagavam direito. Sempre com atrasos. Para os navegantes de primeira viagem, é bem comum muitas empresas atrasarem salários por isso não se assustem com tais acontecimentos, são recorrentes.
Em 2013 também fiz outros processos seletivos. Cheguei no SENAI e exerci uma função da qual não me arrependo. Ter sido professor foi algo muito divertido. Na prática é estressante mas a gratidão dos alunos que aprenderam coisas e conseguiram superar os desafios das propostas passadas não tem preço. Dessas aulas (produção gráfica, 3D, imagem digital) trago o “refaz” em voz aula para as turmas e dessa infame palavrinha fiquei conhecido na casa enquanto muito estresse rolava em algumas aulas (principalmente nos dias de prova com as turmas).
Havia sempre os alunos atrasados, os relaxados além da conta, e uma infame (e de propósito) contagem regressiva “Faltam X horas para terminar” deixando os alunos em desespero e gritando “ai meu Deus não vai dar tempo” para aprenderem a ter foco no trabalho pois será normal os seus futuros chefes não quererem saber como farão o trabalho, eles querem o tal trabalho pronto para a entrega. E isso eu sei, alguns ali ficaram muito mal durante e depois da prova outros levaram bem e hoje colhem os frutos desse estresse proposital. Todos esses alunos colheram frutos diferentes para chegar no atual momento ao qual vivem (já tem ex-aluno seguindo carreira coligada ao magistério)...
Por receber críticas até hoje também recebo muitos obrigados (bem menos que as críticas mas eles também aparecem). Não foram poucos os alunos que voltaram para me falar “obrigado pelo refaz. Muitos colegas da turma acham que conseguem resolver os trabalhos em pouco tempo e no final se estressam além da conta e acabam por chutar o balde...” enfim, bons frutos retornaram para eles e essa gratidão de trabalho em sala de aula é impagável.
Mesmo que os estudos (todos eles) possam ser estressantes também não existem trabalhos sem estresses e essa é uma infeliz realidade do mundo. Foi esse o real objetivo do grande estresse no dia de prova. Eles precisam estar preparados para o trabalho, não importa qual seja ele e essa função eu fiz para se algum dia forem brigar... Briguem por aquilo que pode e deve ser feito da melhor forma possível.
Completados 2 anos de casa, veio a crise e com ela diversas demissões, antes, durante e depois. Muitos pensam que demissão é algo ruim e não tem como se negar, é uma desgraça mas “até um pé na bunda nos empurra pra frente” e graças a isso cheguei ao SENAC RJ e pude aprender muito com os professores da casa antes do término desse contrato temporário. Reencontrei conhecidos e um professor, sinistro de web, da época da graduação. Não é todo dia que acontece isso.
Ao final de 2015 veio um grande concurso para o IFRJ e não passei por 10 pontos. Parece pouco mas foram os 10 pontos de pedagogia que me faltaram pois a nota praticamente veio do conteúdo técnico específico. Em 2016, devido ao prazo do concurso e o campus não saber quando os candidatos aprovados seriam chamados, fizeram outro de temporário. Participei desse processo e cheguei na graduação. Lá, no IFRJ, conheci os candidatos aprovados no concurso que tiveram notas melhores que a minha. Sorte ou azar, não vou considerar, foi apenas acaso.
Antes desse concurso de 2016, já havia começado uma segunda pós graduação, agora em docência, e com ela pude ver conteúdos e adquirir um bom conhecimento que não esperava. O interesse em pedagogia começou no trabalho do SENAI e continua até hoje. É uma área difícil e complicada, principalmente com as politicas publicas de educação que temos. Nem um pouco compatíveis com as diversas realidades de nosso país mas é preciso ter pedagogos para fazer as escolas funcionarem de forma decente então... Vida que segue e sem estresse é uma utopia.
A crise que nosso país vivia (depois de 13 anos de PT no governo federal, a Direita conservadora, tradicional, retrógrada, estava bem enjoada desse galerinha esquerdinha no topo e estava na hora de botar a casa em ordem de novo) continuava e dava sinais de persistência.
Durante 2016 pude aproveitar bem o período do IFRJ e com ele aprender muito com os alunos da graduação em jogos digitais. Ensinei diversos conteúdos da área gráfica e uma infinidade de outras coisas que sabia ser interessantes para eles terem um olhar mais abrangente de todo o processo. Além de ensinar o que funciona cobrei muito deles mas também aprendi com esses alunos detalhes importantes de como melhorar a avaliação das turmas e dar uma atenção maior aos trabalhos deles. Sempre os tratei como adultos e desse tratamento vários assuntos rolaram.
Nunca gostei de provas e aplicar essa politica de trabalhos em sala de aula me ajudou a fazer um acompanhamento bom do quanto cada um aprendeu. Mesmo com 40 alunos para ensinar, o que não é fácil para qualquer matéria ou professor, é possível colher bons frutos. Mesmo cansativo e ficando sem voz valeu todos os esforços (descobri também que não tenho a cartilagem de uma das vértebras da coluna numa crise que durou um mês e foi a minha pior prova de resistência).
No final de 2016 passamos pela greve dos alunos e do instituto sendo contra a lei que reduziu os investimentos em educação e saúde pelos próximos 20 anos (legado Temer VS Legado Dilma). Foi uma experiência um tanto desagradável. Foi ruim para todos pois a lei passou e hoje não sabemos quando e como essa crise irá passar. Está melhorando, dizem os dados do governo, mas não é tão aparente assim. E já estamos batendo as portas da metade de 2018. Para quem achou que ela seria “uma marolinha” ficou “a ver navios”. A Arda de Noé não passou nem perto de nós.
E 2017 chegou. Com ele veio a esperança de continuar no IFRJ e descobrir pelo acaso, que não fazia mais parte do quadro docente foi um balde de água fria. Descobrir também, pela reitoria, que não fazia mais parte pois o IR do ano de 2016 não havia chegado era mais ingrato ainda. E descobrir que os órgãos públicos não são obrigados a publicar no DOU que seu funcionário temporário foi dispensado (e nem receber um telegrama ou comunicado que havia sido desligado) é uma total falta de responsabilidade porém, existe um detalhe, o contrato de temporário tem esse nome não é atoa. Está nele o tempo de serviço que será prestado desde o início e, dizem as más línguas, que o tal órgão público não tem essa obrigação de publicar a dispensa por já estar definido no contrato do temporário. O resultado já era previsto...
Então, literalmente, terminou o carnaval, e voltei, a contra gosto, a ficar desempregado. Desde então muitas buscas, algumas entrevistas, pouquíssimas respostas e um dilema, o que fazer?
De volta aos estudos...
Voltei a pós graduação em docência. Como estava parado, nada melhor do que terminar o que havia começado. Completei as matérias e com as notas poderia fazer o trabalho final e ter mais um título só que...
Ao pegar o arquivo modelo para escrever a monografia final começaram a pipocar os editais para os mestrados enquanto eu continuava a não entender o porque daquele arquivo ser tão mal organizado. Literalmente, desisti de entregar o trabalho final devido ao meu desconhecimento das técnicas de como escrever a monografia e por já ter noção que aquela pós não iria me acrescentar muitas coisas além do que já havia aprendido. O título de especialista (ou pós) já tenho pela ESPM Rio.
Em março de 2017 abriram as vagas para o mestrado da UFRJ e fui procurar onde estavam os documentos. Me faltava um: o histórico escolar da graduação. Na época posterior a formatura só dei entrada no diploma e não no histórico e só fui realmente ter o histórico em 2017. Felizmente consegui pois a faculdade onde me formei faliu e com ela muitos documentos (de uma infinidade de alunos da instituição) ou foram perdidos ou foram surrupiados e ninguém sabe onde foram parar. Felizmente minha intuição também me ajudou nesse caso e pude achar e pedir o que precisava. Com esses documentos em dia era só entregar as copias à UFRJ e me preparar para a prova do mestrado.
Resumindo 2017, não passei em nenhum processo. Hoje, em 2018, de volta aos processos agora com um foco maior, com o mesmo tema porém mais bem preparado, mais estudado, mais consciente e confiante mas sem ficar com o nariz empinado (espero eu).
Resultados... Veja o Blog! Leia esse blog...
Este é um resumão dos últimos anos. Para outras curiosas informações de como é chegar no mestrado, veja alguns dos muitos outros textos desse blog (nem um pouco despretensioso).
Para quem gosta de ler tem algum conteúdo rápido e fácil para ser lido veja o blog. Para quem não tem paciência e cai no sono rápido veja o blog, alguns dos livros lidos são muito chatos (fuja deles se puder).
Para quem não quer fazer nada mas está online, veja o blog. Só não reclame que deixou de fazer algo produtivo pois ler, demais, nunca foi de menos.
Ler fofocas e informações inúteis (tipo aquele grupo meio sem pé nem cabeça dos terraplanares, ou uma tal de perestroica, ou os tais diários do centro do mundo) sim, isso é perda de tempo (tentei acompanhar o trabalho deles e fiquei mais perdido que cego em tiroteio).
Vá ler livros, leia publicações diferentes aos tradicionais e grandes jornais diários, leia autores clássicos, ouça músicas não conhecida (mude a origem delas), vá fazer fotos no seu bairro (seu celular não tem uma câmera de 20 MP atoa), saia de casa, saída das redes sociais, saia do 4G, seu cérebro nunca vai ser melhor alimentado com informações tão interessantes quanto a mudança de sua própria rotina (escreva alguma coisa, todos os dias, também é bom e isso te faz bem).
Se chegou até aqui já deve ter percebido que: escrever requer tempo, dedicação e esforço; que já estou de saco cheio de escrever esse texto (e você também está de saco cheio de ter lido até aqui); que já está tarde (são 00:45 de uma quinta feira); e que você perdeu um tempo precioso que não volta mais pois estava “ocupado” na rede, tem certeza disso?
E os tais clássicos da literatura? E os outros tantos livros? Leia de noite. Vão te ajudar a dormir.
Até a próxima publicação...
Ass.: Thiago CS
Foi em Setembro de 2015 que decidi fazer uma pós graduação em docência para aprender mais sobre educação, ensino e vários outros assuntos coligados que não imaginava me interessar tanto. Há 1 ano atrás (no dia 11/05/2017) este blog “o mestrado me tira do sério” começou. Foi durante esse tempo que vim publicando diversos textos das leituras do futuro mestrado. Vindos de variados temas, de livros e assuntos relacionados estão nesse blog. Nesse dia foi o dia que este trabalho começou e até agora não parou. Apesar de ser apenas uma proposta, esta não tem previsão de parar.
Como cheguei até aqui? Recapitulando os últimos anos...
Em Dezembro de 2009 terminava a faculdade e estava mais perdido que cego em tiroteio. Me tornava um novo formado (por instituição de ensino superior) e por ser mais um (no meio dessa multidão) não me ajudou em nada a escolher um caminho ou um local que gostaria de exercer uma função/trabalho que poderia ser exercida por diversos anos e talvez algumas décadas.
Já fui produtor gráfico, já fui designer gráfico, já fui publicitário, já fui professor...
Durante o ano de 2010 fiquei trabalhando um tempo até entender que precisava de algo a mais para complementar a minha formação. A dúvida entre mestrado e pós graduação (e o não conhecimento previsto para entender as diferenças entre lato-senso e stricto-senso) era enorme. Ao conversar com meu pai sobre qual das duas tentar a resposta dele foi a melhor “Tente as duas!” e foi quando descobri como era complicado arrumar os documentos para o mestrado (sem falar em qual mestrado escolher).
Fui para a pós graduação (MBA para os mais modinhas) em Design Estratégico. Esta me ajudou a entender o que realmente faço como profissão e depois outros cursos apareceram... Mesmo trabalhando com publicidade (algo que detesto) e recebendo pouco, mesmo assim, era algo que me mantinha ocupado. Até que veio uma depressão devido ao trabalho (a empesa era ruim) e preferi sair.
Ao me afastar fiquei sem trabalhar alguns meses e quando vi estava fazendo monitoria num cursinho que me ensinava algumas coisas interessantes sobre jogos digitais e artes digitais. Até que percebi “não haveria evolução para outras propostas de trabalho sendo monitor” pois outros já haviam passado. Independente do quanto eu soubesse (a direção do tal curso não me via assim) preferi cair fora e voltar ao design, minha casa, minha formação, meu terreno favorito...
Já estava 2012 e voltava à produção gráfica. Passar num processo (no mínimo estranho) muito rápido de entrevista numa gráfica foi surpreendente. Comecei a trabalhar e me achava o máximo. No fundo não sabia tanto mas tinha algum conhecimento da área. Graças aos bons professores que passaram na minha formação e o conhecimento de muitos anos do software usado estava um tanto tranquilo e confiante. Até os erros aparecerem por falhas da comunicação interna.
Em 2013, depois de mais alguns meses nessa gráfica, pedi as contas. A administração era terrível e não pagavam direito. Sempre com atrasos. Para os navegantes de primeira viagem, é bem comum muitas empresas atrasarem salários por isso não se assustem com tais acontecimentos, são recorrentes.
Em 2013 também fiz outros processos seletivos. Cheguei no SENAI e exerci uma função da qual não me arrependo. Ter sido professor foi algo muito divertido. Na prática é estressante mas a gratidão dos alunos que aprenderam coisas e conseguiram superar os desafios das propostas passadas não tem preço. Dessas aulas (produção gráfica, 3D, imagem digital) trago o “refaz” em voz aula para as turmas e dessa infame palavrinha fiquei conhecido na casa enquanto muito estresse rolava em algumas aulas (principalmente nos dias de prova com as turmas).
Havia sempre os alunos atrasados, os relaxados além da conta, e uma infame (e de propósito) contagem regressiva “Faltam X horas para terminar” deixando os alunos em desespero e gritando “ai meu Deus não vai dar tempo” para aprenderem a ter foco no trabalho pois será normal os seus futuros chefes não quererem saber como farão o trabalho, eles querem o tal trabalho pronto para a entrega. E isso eu sei, alguns ali ficaram muito mal durante e depois da prova outros levaram bem e hoje colhem os frutos desse estresse proposital. Todos esses alunos colheram frutos diferentes para chegar no atual momento ao qual vivem (já tem ex-aluno seguindo carreira coligada ao magistério)...
Por receber críticas até hoje também recebo muitos obrigados (bem menos que as críticas mas eles também aparecem). Não foram poucos os alunos que voltaram para me falar “obrigado pelo refaz. Muitos colegas da turma acham que conseguem resolver os trabalhos em pouco tempo e no final se estressam além da conta e acabam por chutar o balde...” enfim, bons frutos retornaram para eles e essa gratidão de trabalho em sala de aula é impagável.
Mesmo que os estudos (todos eles) possam ser estressantes também não existem trabalhos sem estresses e essa é uma infeliz realidade do mundo. Foi esse o real objetivo do grande estresse no dia de prova. Eles precisam estar preparados para o trabalho, não importa qual seja ele e essa função eu fiz para se algum dia forem brigar... Briguem por aquilo que pode e deve ser feito da melhor forma possível.
Completados 2 anos de casa, veio a crise e com ela diversas demissões, antes, durante e depois. Muitos pensam que demissão é algo ruim e não tem como se negar, é uma desgraça mas “até um pé na bunda nos empurra pra frente” e graças a isso cheguei ao SENAC RJ e pude aprender muito com os professores da casa antes do término desse contrato temporário. Reencontrei conhecidos e um professor, sinistro de web, da época da graduação. Não é todo dia que acontece isso.
Ao final de 2015 veio um grande concurso para o IFRJ e não passei por 10 pontos. Parece pouco mas foram os 10 pontos de pedagogia que me faltaram pois a nota praticamente veio do conteúdo técnico específico. Em 2016, devido ao prazo do concurso e o campus não saber quando os candidatos aprovados seriam chamados, fizeram outro de temporário. Participei desse processo e cheguei na graduação. Lá, no IFRJ, conheci os candidatos aprovados no concurso que tiveram notas melhores que a minha. Sorte ou azar, não vou considerar, foi apenas acaso.
Antes desse concurso de 2016, já havia começado uma segunda pós graduação, agora em docência, e com ela pude ver conteúdos e adquirir um bom conhecimento que não esperava. O interesse em pedagogia começou no trabalho do SENAI e continua até hoje. É uma área difícil e complicada, principalmente com as politicas publicas de educação que temos. Nem um pouco compatíveis com as diversas realidades de nosso país mas é preciso ter pedagogos para fazer as escolas funcionarem de forma decente então... Vida que segue e sem estresse é uma utopia.
A crise que nosso país vivia (depois de 13 anos de PT no governo federal, a Direita conservadora, tradicional, retrógrada, estava bem enjoada desse galerinha esquerdinha no topo e estava na hora de botar a casa em ordem de novo) continuava e dava sinais de persistência.
Durante 2016 pude aproveitar bem o período do IFRJ e com ele aprender muito com os alunos da graduação em jogos digitais. Ensinei diversos conteúdos da área gráfica e uma infinidade de outras coisas que sabia ser interessantes para eles terem um olhar mais abrangente de todo o processo. Além de ensinar o que funciona cobrei muito deles mas também aprendi com esses alunos detalhes importantes de como melhorar a avaliação das turmas e dar uma atenção maior aos trabalhos deles. Sempre os tratei como adultos e desse tratamento vários assuntos rolaram.
Nunca gostei de provas e aplicar essa politica de trabalhos em sala de aula me ajudou a fazer um acompanhamento bom do quanto cada um aprendeu. Mesmo com 40 alunos para ensinar, o que não é fácil para qualquer matéria ou professor, é possível colher bons frutos. Mesmo cansativo e ficando sem voz valeu todos os esforços (descobri também que não tenho a cartilagem de uma das vértebras da coluna numa crise que durou um mês e foi a minha pior prova de resistência).
No final de 2016 passamos pela greve dos alunos e do instituto sendo contra a lei que reduziu os investimentos em educação e saúde pelos próximos 20 anos (legado Temer VS Legado Dilma). Foi uma experiência um tanto desagradável. Foi ruim para todos pois a lei passou e hoje não sabemos quando e como essa crise irá passar. Está melhorando, dizem os dados do governo, mas não é tão aparente assim. E já estamos batendo as portas da metade de 2018. Para quem achou que ela seria “uma marolinha” ficou “a ver navios”. A Arda de Noé não passou nem perto de nós.
E 2017 chegou. Com ele veio a esperança de continuar no IFRJ e descobrir pelo acaso, que não fazia mais parte do quadro docente foi um balde de água fria. Descobrir também, pela reitoria, que não fazia mais parte pois o IR do ano de 2016 não havia chegado era mais ingrato ainda. E descobrir que os órgãos públicos não são obrigados a publicar no DOU que seu funcionário temporário foi dispensado (e nem receber um telegrama ou comunicado que havia sido desligado) é uma total falta de responsabilidade porém, existe um detalhe, o contrato de temporário tem esse nome não é atoa. Está nele o tempo de serviço que será prestado desde o início e, dizem as más línguas, que o tal órgão público não tem essa obrigação de publicar a dispensa por já estar definido no contrato do temporário. O resultado já era previsto...
Então, literalmente, terminou o carnaval, e voltei, a contra gosto, a ficar desempregado. Desde então muitas buscas, algumas entrevistas, pouquíssimas respostas e um dilema, o que fazer?
De volta aos estudos...
Voltei a pós graduação em docência. Como estava parado, nada melhor do que terminar o que havia começado. Completei as matérias e com as notas poderia fazer o trabalho final e ter mais um título só que...
Ao pegar o arquivo modelo para escrever a monografia final começaram a pipocar os editais para os mestrados enquanto eu continuava a não entender o porque daquele arquivo ser tão mal organizado. Literalmente, desisti de entregar o trabalho final devido ao meu desconhecimento das técnicas de como escrever a monografia e por já ter noção que aquela pós não iria me acrescentar muitas coisas além do que já havia aprendido. O título de especialista (ou pós) já tenho pela ESPM Rio.
Em março de 2017 abriram as vagas para o mestrado da UFRJ e fui procurar onde estavam os documentos. Me faltava um: o histórico escolar da graduação. Na época posterior a formatura só dei entrada no diploma e não no histórico e só fui realmente ter o histórico em 2017. Felizmente consegui pois a faculdade onde me formei faliu e com ela muitos documentos (de uma infinidade de alunos da instituição) ou foram perdidos ou foram surrupiados e ninguém sabe onde foram parar. Felizmente minha intuição também me ajudou nesse caso e pude achar e pedir o que precisava. Com esses documentos em dia era só entregar as copias à UFRJ e me preparar para a prova do mestrado.
Resumindo 2017, não passei em nenhum processo. Hoje, em 2018, de volta aos processos agora com um foco maior, com o mesmo tema porém mais bem preparado, mais estudado, mais consciente e confiante mas sem ficar com o nariz empinado (espero eu).
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Este é um resumão dos últimos anos. Para outras curiosas informações de como é chegar no mestrado, veja alguns dos muitos outros textos desse blog (nem um pouco despretensioso).
Para quem gosta de ler tem algum conteúdo rápido e fácil para ser lido veja o blog. Para quem não tem paciência e cai no sono rápido veja o blog, alguns dos livros lidos são muito chatos (fuja deles se puder).
Para quem não quer fazer nada mas está online, veja o blog. Só não reclame que deixou de fazer algo produtivo pois ler, demais, nunca foi de menos.
Ler fofocas e informações inúteis (tipo aquele grupo meio sem pé nem cabeça dos terraplanares, ou uma tal de perestroica, ou os tais diários do centro do mundo) sim, isso é perda de tempo (tentei acompanhar o trabalho deles e fiquei mais perdido que cego em tiroteio).
Vá ler livros, leia publicações diferentes aos tradicionais e grandes jornais diários, leia autores clássicos, ouça músicas não conhecida (mude a origem delas), vá fazer fotos no seu bairro (seu celular não tem uma câmera de 20 MP atoa), saia de casa, saída das redes sociais, saia do 4G, seu cérebro nunca vai ser melhor alimentado com informações tão interessantes quanto a mudança de sua própria rotina (escreva alguma coisa, todos os dias, também é bom e isso te faz bem).
Se chegou até aqui já deve ter percebido que: escrever requer tempo, dedicação e esforço; que já estou de saco cheio de escrever esse texto (e você também está de saco cheio de ter lido até aqui); que já está tarde (são 00:45 de uma quinta feira); e que você perdeu um tempo precioso que não volta mais pois estava “ocupado” na rede, tem certeza disso?
E os tais clássicos da literatura? E os outros tantos livros? Leia de noite. Vão te ajudar a dormir.
Até a próxima publicação...
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