E a história se repete com mais frequencia do que se imagina...
Bom, bonito e barato continuará sendo uma Utopia e a civilização ainda não se deu conta disso...
Para quem costuma estudar história, o que não é a maioria do povo desse tempo, sabe que o movimento Arts & Crafts, do Século XIX, brigou muito para valorizar os mestres artistas artesãos daquele tempo, em prol da arte pela técnica e pelo conhecimento específico da classe.
Devido a mecanização de então, a intenção era baratear a produção e sem querer querendo quebrar os pequenos produtores, dententores do conhecimento produtivo, junto da rápida industrialização da dona Inglaterra, foram os primeiros a serem atingidos. Devido a isso, os movimentos artísticos daquele tempo, ou repudiaram a indústria, ou a abraçou incondicionalmente.
Dessa maneira, os intelectuais geraram diversos manifestos no período, levando ao que a história denomina hoje como Modernismo. Período este que abarca, mais ou menos, 1860 a 1940. Após isso foi-se rotulando, o pós 2a guerra, como pós-moderno.
É bom lembrar que: esses movimentos, mesmo não aparentando terem influências políticas, eram sim bem políticos e de pessoas bastante politizadas. Inteligentes, estudiosos e acima de tudos, influenciados, de alguma forma, pelas elites. Até porque, esses movimentos precisavam se manter, economicamente.
Mesmo tendo morrido pois suas intencionalidades foram "lidas" em diferentes publicações e periódicos de então, entraram para a história. Infelizmente, nenhum artistas nascido no período supracitado está vivo, mas suas intenções fincaram marcas.
E agora, mais de 130 anos depois, pasmem, está acontecendo de novo com a inteligência artificial na era das máquinas. E a mesma coisa, do século XIX ocorre: maior produção, no menor tempo possível, onde a qualidade geral dessa mesmo produção cai, e o consumidor é o grande prejudicado.
Uma consequencia direta da industrialização é a padronização, e para quem usa as IAs já deve ter percebido isso: muita coisa parecida está aparecendo.
"Mas isso é um exagero" alguns diriam mas não: o exagero é a exploração das IAs como recursos humanos, e até os RHs do passado, passam por essa exploração descabida. Tudo em prol da tal eficiência maior com gasto menor - só pra manter a rima.
Onde está o problema? Na hipocrisia coletiva pois achar que vão melhorar a produção quando baratear os processos das coisas nunca será a melhor das soluções.
Fica como reflexão.
Livros de referência:
ARGAN, Giulio Argan. Arte moderna. Companhia das Letras.
BHASKARAN, Lakshmi; RAIMES, Jonathan. Design Retrô, 100 anos de design gráfico. São Paulo: Senac, 2007.
GOMBRICH, Ernst. História da Arte, A. LTC.
HOLLIS, Richard. Design Gráfico Uma História Concisa. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
MUNARI, Bruno. Design e Comunicação Visual. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
NEWARK, Quentin. O que é design gráfico? Porto Alegre: Bookman, 2009.
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