Muito além do Illustrator

Devido a boa repercussão da publicação original "Muito além do Photoshop" resolvi fazer o mesmo com o Illustrator e fiquei surpreso com a quantidade de opções que existem para o queridinho do mercado o Photoshop porém no caso dos desenhos vetoriais a ideia vem na mesma tendência de diversidade e opções. A parte interessante é que alguns já conhecia e havia testado mas não havia me atentado à existência de tantos outros concorrentes. Devido a essa busca de informações e verificação das mesmas resolvi fazer este trabalho.

Divididos de forma similar ao original, os programas pago e gratuitos voltam a ditar as regras mas agora aparece uma nova categoria de programas, os online, que funcionam diretamente no navegador. Querendo ou não uma tendência com o aumento da velocidade da internet e da imposição das empresas de colocar tudo na nuvem. Vantagens? Sim muitas mas precisar de uma internet estável, constante e rápida para executar trabalhos no navegador, é um tanto exagero para as conexões no Brasil, em outros países pode ser que seja mais fácil.

O que é uma vantagem com relação aos editores de imagem os editores de vetores podem ser mais leves e rápidos de serem executados em qualquer máquina tanto pela sua simplicidade de execução como percepção das coisas mas não se pode esquecer que vetorização de imagens não é tratamento de imagens, são princípios de trabalho bem diferentes.

Princípios diferentes para diferentes trabalhos, arquivos e funções...

Enquanto no tratamento de imagens o principio é a alteração de foco, dos matizes, dos tipos de iluminação das camas, nos pontos de pixels que formam as imagens no arquivo – e consequentemente são exibidas pelos monitores – nos vetores o princípio é a forma base do desenho que são polígonos construídos por pontos matemáticos por cima de uma matriz – invisível – minúscula que definem a posição desses pontos e se ligam em linhas retas ou curvas para construir as imagens que vemos na tela, enquanto que nesses ‘objetos’ aplicam-se as cores, as linhas de contorno, as transparência e outros efeitos. No tratamento de imagens a mesma matriz – invisível – estará presente mas é uma matriz de pixels – pixel tem medida pré-definida – onde cores são dispostas, nos pontos dessa matriz para formar a imagem BMP, em mapa de pontos ou bitmap, que formam a figura que vemos nos monitores. Parece confuso? Sim um pouco mas essa teoria não vai ser explicada aqui. Se quiser saber mais procure por ‘formação de imagens nos monitores’ que terá gente explicando isso melhor.

O futuro dos programas de vetorização parece e é promissor mas é uma pena que morre com a falta de conexão caso nossa dependência se torne cada vez maior a ela e a infeliz realidade é que estamos mais dependentes do que nunca da conexão do que em outros tempos. Enfim... a intenção dessa postagem não é definir quais e quantos são os melhores programas mas apenas definir e listar quais existem e quantos deles estão disponíveis para mais de um sistema operacional conhecido e usado pelo público. Não adianta nada colocar uma série de programas que não são usados ou porque já foram superados ou descontinuados, como o ainda memorável Freehand que está na mente dos mais usuários iniciais desses programas, nos primórdios da digitalização deste processo de trabalho.

A realidade dos Programas Pagos

A maioria das empresas de publicidade, produtoras de vídeo, editoras, gráficas ou qualquer uma que trabalhe com a criação específica de artes para o meio digital (e isso não exclui os materiais analógicos) irá precisar fazer uma escolha até simples de ser resolvida: pagos e caros ou gratuitos com menor custo final de operação? Como o trabalho é sob demanda, e a demanda não será pequena, a resposta é direta: pagos com um extenso suporte e o sobre preço vai para os clientes.

Resultado disso é a proliferação das assinaturas dos programas pagos, que foram por décadas pirateados, devido o negócio se basear na venda unitária desses programas, e hoje tem um modelo de negócios mais sustentável, a eles não aos outros, que consegue limitar a pirataria.

A parte boa é o suporte e a atualização mais constante do que em anos anteriores. A parte ruim é a mensalidade, que além de ser diluída pelos trabalhos executados, cria um vinculo perverso dos usuários e das empresas com as fabricantes. Além delas existem as faculdades que os usam em suas aulas de graduação, os cursos, espalhados por aí, que oferecem o treinamento nelas e ganham com isso e o mercado de livros de treinamento que muitas vezes tem um conteúdo duvidoso que mais enrolam do que ajudam a treinas novos usuários, além dos blogs, revistas especializadas, canais de vídeos e outras alternativas. Tirando a perversidade do negócio das fabricantes, mensalidade é complicado, eles podem fazer o que quiser porque o mercado permite, vamos ao que interessa: aos programas.

Os queridinhos...

Para a cereja do bolo, digo a maçã – Apple – temos o Affinity Designer e o Sketch (que é exclusivo). E depois de mais de uma década longe da plataforma o Corel Draw está de volta.

Para o famoso Janelas – digo o rWindows - temos de novo o Affinity Designer, o Vector Magic e a plataforma Xara Graphics (que é exclusivo).

As opções que podem salvar os não afortunados também funcionam nas plataformas pagas.

Para o sistema do pinguim - Linux - temos o Inkscape, o Karbon 14 e o Vect (para ChromeBook e é online também). 

Nesta nova categoria que apareceu, a dos programas de navegador, nós temos: SVG Edit, Gravit, Youidraw, Boxy SVG, Janvas, Method Draw são as opções que podem ser utilizadas na hora do aperto ou numa inesperada e desagradável mudança – downgrade – de máquina de trabalho. Obviamente existem as limitações e restrições de cada um desses programas e que dará ao usuário um certo tempo de aprendizado em como as usar antes de bater a cabeça no teclado devido a erros ou vícios desenvolvidos em outros programas porém que estão disponíveis para evitar problemas piores.

Conclusão

Muitas opções que podem ser usadas e tem para todos os gostos e bolsos. Desde os mais caros aos mais baratos e os mais versáteis, não existe uma escolha certeira que vá definir uma vida de atuação, até porque, da mesma forma que o ano muda, os programas vem e vão e as assinaturas podem mudar para um novo tipo de negócio em um futuro próximo.

A dica que deixo é: tenha a mente aberta. Use alguns deles em suas versões temporárias e tenha ao menos um dos gratuitos na maga caso precise de alternativas para continuar seu trabalho em uma situação desagradável ou de necessidade extrema. O futuro não é possível ser previsto mas os problemas sim então esteja sempre preparado para caso seja forçado a fazer uma mudança de planos numa hora indevida.

Até a próxima postagem...

Ass.: Thiago Sardenberg

OBS: Por favor, se fizer copia desse texto, em qualquer mídia disponível, no momento da cópia, fazer as devidas referências a este blog. Grato.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aprenda Krita para ser um ilustrador digital

O VADE MECUM DAS HQs

Quando cadência e editoração determinam a qualidade