Design - Production and Development – Resumão Comentado
Este livro é um dos livros que estão definidos na bibliografia da ESDI. Por ser um livro técnico e sobre produção de diversas coisas para diversas pessoas, é carregado de termos específicos e palavras-chave que demonstram para quem foi escrito. Não é um livro para se ler no fim de um dia cansativo e trabalhoso e passe longe se não gostar de termos de administração e organização.
O Desenvolvimento do conhecimento
O livro começa com a definição do trabalho dos autores, passa pelo processo de escrever, construir, testar e validar o conhecimento a partir de aulas de faculdade onde a projetação é tão importante quanto sua organização. Define basicamente como as empresas podem ser economicamente bem sucedidas e que acima de tudo, todos os processos, etapas e projetos dependem das pessoas, dentro e fora deles.
As características de um bem sucedido processo de desenvolvimento depende de alguns fatores:
Qualidade do produto, Custos do produto, Tempo de Desenvolvimento, Custos do Desenvolvimento e Capacidade de desenvolvimento (tanto das equipes quanto das empresas).
Uma alta performance ao longo dessas cinco características tenderá guiar as empresas para o sucesso econômico entretanto, outros critérios de performance também são importantes. Ambos os trabalhadores da produção e usuários do produto final são responsáveis pela satisfação e altos padrões de segurança e se esses padrões de qualidade podem ou não ser justificados com base na lucratividade. Outros indivíduos, aqueles que não tem relação direta com a produção, podem demandar que o produto tenha seu processo produtivo ecologicamente correto e criem um gasto mínimo de lixo ou dejetos perigosos.
Quem projeta e desenvolve os produtos?
O departamento de marketing funciona como um mediador entre a firma e seus consumidores. O marketing facilita a identificação de oportunidades, definição de segmentos de consumo, e desejos dos consumidores. Organiza a comunicação entre a firma e seus consumidores. Seleciona os preços, organiza a promoção e o lançamento desses produtos.
O Design funciona como um participante que orienta a identificação física do produto final que melhor atende aos consumidores. Nesse contexto, a função inclui engenharia (mecânica, elétrica, software...) e design industrial (estética, ergonômica, interface de usuário...)...
A Manufatura funciona como responsável por projetar, operar, e coordenar o sistema de produção na fábrica. Define a função da manufatura que inclui compra, distribuição e instalação desses produtos. Esta seleção de atividades é também chamada de cadeia de suprimentos.
A realidade é que pouquíssimos produtos podem ser desenvolvidos em menos de 1 ano. Muitos deles precisam de 3 a 5 anos de projetação e alguns outros chegam a durar 10 anos.
Acreditamos que os métodos estruturados tem valor por três razões. Fazem a decisão do processo explicito, alinhando todo o time para entender as decisões racionais e reduzindo a possibilidade de voltar etapas de decisões já realizadas. Agindo com uma lista de checagem dos passos chaves da atividade de desenvolvimento eles asseguram que etapas importantes não sejam esquecidas. Os métodos estruturados são largamente auto documentáveis: no processo de execução dos métodos, os times criam gravações de seus processos decisórios do processo inteiro para futuramente serem referenciados e servirem de ensinamento aos novos colaboradores e funcionários.
Porque esse livro foi feito?
Os autores se dedicaram a identificar e definir as etapas de qualquer processo construtivo e produtivo de produtos comerciais disponíveis por qualquer fabricante ou para qualquer mercado consumidor. Tanto os produtos, tecnologicamente, avançados como os mais simples e diretos itens de consumo primário, artefatos de cozinha ou jardinagem, o mapear do processo é tão importante quanto qualquer outra mensuração de resultados ou definição de mercados. Independente do conhecimento que o leitor tenha, a proposta dos autores demonstra como as pesquisas e a definição de objetivos estão interligados entre si e são importantes.
A partir de diagramas do fluxo do processo, concentram em poucas etapas as principais fases de fabricação. Desde a ideação do produto até a comercialização dele (independente da sua escala de vendas ou produção).
O processo é a sequencia de etapas que transforma uma série de entradas (de dados ou informações) em uma série de saídas (de resultados e/ou números). A maioria das pessoas está familiarizada com a ideia física de processo, como se fossem produzir um bolo ou montar um automóvel. O processo de desenvolvimento de produtos é uma sequencia de etapas e/ou atividades que os empregados de uma empresa concebem, projetam e comercializam um produto (físico, ou digital) ao final da cadeia.
Um processo de desenvolvimento bem definido é útil pelas razões: Qualidade assegurada; Coordenação; Planejamento, Gestão e Melhoria dos produtos e de seus processos.
A identificação, a explanação de ganhos do processo, validação e escolhas de um gama abrangente de oportunidades de produção, conceber o desenvolvimento, projetar os sistemas, detalhar testar e refinar o projeto, para produzir em escala são as vantagens de se mapear o processo. Além de definir as etapas de produção, também definem uma importante característica das empresas: se elas serão orientadas pela sua estrutura (física) ou pela sua performance (seus resultados finais).
Para quem foi feito este livro?
O livro foi feito para os desenhadores industriais das diversas áreas que o design, ou seja, o ato de projetar seja explicado e explanado para as outras pessoas que fazem parte dos times de criação para que o processo possa ser complementado, melhorado e replicado, em outras empresas, indústrias e processos de planejamento já em andamento quanto futuramente. O planejamento de um produto depende de diversos fatores. Durante os capítulos os autores selecionaram pontos para explanar, definir e validar todo este processo de escolhas que as equipes costumam passar.
Ao identificar os tipos de oportunidade que são: 1) em grande parte melhorias, extensões, variações e redução de custos dos produtos existentes nos mercados também 2) empurram as empresas para fora da zona de conforto do mercado conhecido e em ambas as direções possíveis: a de onde o próprio mercado quer/deseja ir e o quanto a tecnologia vigente pode favorecer o desenvolvimento de novos produtos (até que novas indústrias e processos sejam criados e se tornem comercialmente rentáveis) além de 3) representarem tentativas de explorar diferentes oportunidades que na sua visão (a visão das empresas) são novas para o mundo, e automaticamente aceitam incorporar altas doses de incerteza.
As oportunidades também passam pela criação de variações oportunas que aumentam a qualidade dos produtos finais. Geralmente ideias malucas incrementam as chances de ao menos uma oportunidade excepcionalmente boa será realizada durante o processo.
O Processo de Identificação de Oportunidades consiste em:
1) Estabelecer um gráfico
2) Gerar e perceber as oportunidades
3) Mapear e marcar opções
4) Desenvolver oportunidades promissoras
5) Selecionar oportunidades excepcionais
6) Refletir sobre os resultados e processos
Para as pessoas ditas criativas nada é mais divertido do que ser encarregado de gerar novas ideias porém a maioria das pessoas tem dificuldade de gerar oportunidades promissoras. O problema de gerar coisas novas, algumas vezes, é a abstração pura, pois além de ser uma ação bem desestruturada, tem muitos níveis de liberdade, e é algo que pode assustar.
As oportunidades são descobertas onde?
Internamente 46%
Customização 23%
Produção Competitiva 11%
Força das Vendas 5%
Universidades 4%
Inventor Independente 4%
Parceiro / Distribuidor 3%
Companhia Parceira 2%
Suprimentos 2%.
Com a definição de locais, empresas, profissionais e produtos que podem e devem ser melhorados por conca de demandas dos consumidores os processos industriais são amplamente revistos e estudados para, caso algo mude em algum local, a qualquer tempo, já se tenha previsto tal mudança num ponto passado e ignorado.
Adendos
Os autores também foram muito perspicazes no quesito “abrangência” do material. Não é só do processo que as empresas sobrevivem mas de como fazer suas criações serem reconhecidas e geram retorno financeiro para elas mesmas. Os autores se dedicam a falar do “design rebuscado” ou seja, sobre aquele design (projeto) mais especifico que só uma equipe de exímios profissionais conseguiria identificar e realizar; falam das “Propriedades Intelectuais e Patentes” e como as leis de cada país influencia na criação de novas tecnologias, nos processos e no uso de novos materiais; e não esquecendo da “Gestão de Projetos” que sem um bom gestor (mesmo em empresas e equipes pequenas) não se finaliza os trabalhos.
Algo que chama a atenção foi a existência de um ponto de “Post Mortem” no final do livro. Fundamental para entender o quanto o processo de escolhas, decisões individuais e compartilhadas, a comunicação rápida, a resolução de problemas internos entre outros tipos de situações ocasionais e imprevistas precisam ser resolvidas na hora que ocorrem. Quais foram os principais acertos e erros dos projetos (eles precisam ser descritos e definidos) para que não ocorram em novos trabalhos. Uma ótima forma de rever o quanto um trabalho foi bom ou ruim para a equipe em geral (pela quantidade de erros e acertos cometidos e resolvidos).
Conclusão
A grande sacada do livro é servir de fonte de consulta regular com as perguntas cruciais para a maioria dos pontos imutáveis do processo produtivo de um novo produto industrial seja ele grande ou pequeno, complexo ou simples. As diversas equipes e pessoas responsáveis por essas etapas precisam ter sua dose de responsabilidade e colaboração para que o resultado final seja, além de satisfatório, viável para com o mercado consumidor tanto em vias econômicas (financeiramente retornável) quanto em acessibilidade alinhado ao valor agregado que aquele produto carrega naturalmente.
Uma ótima leitura que superou todas as minhas expectativas em relação ao próprio trabalho do designer desenhador quanto da grande ajuda e complemento técnico industrial que engenheiros, arquitetos, programadores, e tantos outros profissionais fazem no dia-a-dia do mundo do trabalho que sempre foi muito compartilhado.
Até o próximo livro.
Ass.: Thiago CS
O livro começa com a definição do trabalho dos autores, passa pelo processo de escrever, construir, testar e validar o conhecimento a partir de aulas de faculdade onde a projetação é tão importante quanto sua organização. Define basicamente como as empresas podem ser economicamente bem sucedidas e que acima de tudo, todos os processos, etapas e projetos dependem das pessoas, dentro e fora deles.
As características de um bem sucedido processo de desenvolvimento depende de alguns fatores:
Qualidade do produto, Custos do produto, Tempo de Desenvolvimento, Custos do Desenvolvimento e Capacidade de desenvolvimento (tanto das equipes quanto das empresas).
Uma alta performance ao longo dessas cinco características tenderá guiar as empresas para o sucesso econômico entretanto, outros critérios de performance também são importantes. Ambos os trabalhadores da produção e usuários do produto final são responsáveis pela satisfação e altos padrões de segurança e se esses padrões de qualidade podem ou não ser justificados com base na lucratividade. Outros indivíduos, aqueles que não tem relação direta com a produção, podem demandar que o produto tenha seu processo produtivo ecologicamente correto e criem um gasto mínimo de lixo ou dejetos perigosos.
Quem projeta e desenvolve os produtos?
O departamento de marketing funciona como um mediador entre a firma e seus consumidores. O marketing facilita a identificação de oportunidades, definição de segmentos de consumo, e desejos dos consumidores. Organiza a comunicação entre a firma e seus consumidores. Seleciona os preços, organiza a promoção e o lançamento desses produtos.
O Design funciona como um participante que orienta a identificação física do produto final que melhor atende aos consumidores. Nesse contexto, a função inclui engenharia (mecânica, elétrica, software...) e design industrial (estética, ergonômica, interface de usuário...)...
A realidade é que pouquíssimos produtos podem ser desenvolvidos em menos de 1 ano. Muitos deles precisam de 3 a 5 anos de projetação e alguns outros chegam a durar 10 anos.
Acreditamos que os métodos estruturados tem valor por três razões. Fazem a decisão do processo explicito, alinhando todo o time para entender as decisões racionais e reduzindo a possibilidade de voltar etapas de decisões já realizadas. Agindo com uma lista de checagem dos passos chaves da atividade de desenvolvimento eles asseguram que etapas importantes não sejam esquecidas. Os métodos estruturados são largamente auto documentáveis: no processo de execução dos métodos, os times criam gravações de seus processos decisórios do processo inteiro para futuramente serem referenciados e servirem de ensinamento aos novos colaboradores e funcionários.
Porque esse livro foi feito?
Os autores se dedicaram a identificar e definir as etapas de qualquer processo construtivo e produtivo de produtos comerciais disponíveis por qualquer fabricante ou para qualquer mercado consumidor. Tanto os produtos, tecnologicamente, avançados como os mais simples e diretos itens de consumo primário, artefatos de cozinha ou jardinagem, o mapear do processo é tão importante quanto qualquer outra mensuração de resultados ou definição de mercados. Independente do conhecimento que o leitor tenha, a proposta dos autores demonstra como as pesquisas e a definição de objetivos estão interligados entre si e são importantes.
A partir de diagramas do fluxo do processo, concentram em poucas etapas as principais fases de fabricação. Desde a ideação do produto até a comercialização dele (independente da sua escala de vendas ou produção).
O processo é a sequencia de etapas que transforma uma série de entradas (de dados ou informações) em uma série de saídas (de resultados e/ou números). A maioria das pessoas está familiarizada com a ideia física de processo, como se fossem produzir um bolo ou montar um automóvel. O processo de desenvolvimento de produtos é uma sequencia de etapas e/ou atividades que os empregados de uma empresa concebem, projetam e comercializam um produto (físico, ou digital) ao final da cadeia.
Um processo de desenvolvimento bem definido é útil pelas razões: Qualidade assegurada; Coordenação; Planejamento, Gestão e Melhoria dos produtos e de seus processos.
A identificação, a explanação de ganhos do processo, validação e escolhas de um gama abrangente de oportunidades de produção, conceber o desenvolvimento, projetar os sistemas, detalhar testar e refinar o projeto, para produzir em escala são as vantagens de se mapear o processo. Além de definir as etapas de produção, também definem uma importante característica das empresas: se elas serão orientadas pela sua estrutura (física) ou pela sua performance (seus resultados finais).
O livro foi feito para os desenhadores industriais das diversas áreas que o design, ou seja, o ato de projetar seja explicado e explanado para as outras pessoas que fazem parte dos times de criação para que o processo possa ser complementado, melhorado e replicado, em outras empresas, indústrias e processos de planejamento já em andamento quanto futuramente. O planejamento de um produto depende de diversos fatores. Durante os capítulos os autores selecionaram pontos para explanar, definir e validar todo este processo de escolhas que as equipes costumam passar.
Ao identificar os tipos de oportunidade que são: 1) em grande parte melhorias, extensões, variações e redução de custos dos produtos existentes nos mercados também 2) empurram as empresas para fora da zona de conforto do mercado conhecido e em ambas as direções possíveis: a de onde o próprio mercado quer/deseja ir e o quanto a tecnologia vigente pode favorecer o desenvolvimento de novos produtos (até que novas indústrias e processos sejam criados e se tornem comercialmente rentáveis) além de 3) representarem tentativas de explorar diferentes oportunidades que na sua visão (a visão das empresas) são novas para o mundo, e automaticamente aceitam incorporar altas doses de incerteza.
As oportunidades também passam pela criação de variações oportunas que aumentam a qualidade dos produtos finais. Geralmente ideias malucas incrementam as chances de ao menos uma oportunidade excepcionalmente boa será realizada durante o processo.
O Processo de Identificação de Oportunidades consiste em:
1) Estabelecer um gráfico
2) Gerar e perceber as oportunidades
3) Mapear e marcar opções
4) Desenvolver oportunidades promissoras
5) Selecionar oportunidades excepcionais
6) Refletir sobre os resultados e processos
As oportunidades são descobertas onde?
Internamente 46%
Customização 23%
Produção Competitiva 11%
Força das Vendas 5%
Universidades 4%
Inventor Independente 4%
Parceiro / Distribuidor 3%
Companhia Parceira 2%
Suprimentos 2%.
Com a definição de locais, empresas, profissionais e produtos que podem e devem ser melhorados por conca de demandas dos consumidores os processos industriais são amplamente revistos e estudados para, caso algo mude em algum local, a qualquer tempo, já se tenha previsto tal mudança num ponto passado e ignorado.
Adendos
Os autores também foram muito perspicazes no quesito “abrangência” do material. Não é só do processo que as empresas sobrevivem mas de como fazer suas criações serem reconhecidas e geram retorno financeiro para elas mesmas. Os autores se dedicam a falar do “design rebuscado” ou seja, sobre aquele design (projeto) mais especifico que só uma equipe de exímios profissionais conseguiria identificar e realizar; falam das “Propriedades Intelectuais e Patentes” e como as leis de cada país influencia na criação de novas tecnologias, nos processos e no uso de novos materiais; e não esquecendo da “Gestão de Projetos” que sem um bom gestor (mesmo em empresas e equipes pequenas) não se finaliza os trabalhos.
Algo que chama a atenção foi a existência de um ponto de “Post Mortem” no final do livro. Fundamental para entender o quanto o processo de escolhas, decisões individuais e compartilhadas, a comunicação rápida, a resolução de problemas internos entre outros tipos de situações ocasionais e imprevistas precisam ser resolvidas na hora que ocorrem. Quais foram os principais acertos e erros dos projetos (eles precisam ser descritos e definidos) para que não ocorram em novos trabalhos. Uma ótima forma de rever o quanto um trabalho foi bom ou ruim para a equipe em geral (pela quantidade de erros e acertos cometidos e resolvidos).
A grande sacada do livro é servir de fonte de consulta regular com as perguntas cruciais para a maioria dos pontos imutáveis do processo produtivo de um novo produto industrial seja ele grande ou pequeno, complexo ou simples. As diversas equipes e pessoas responsáveis por essas etapas precisam ter sua dose de responsabilidade e colaboração para que o resultado final seja, além de satisfatório, viável para com o mercado consumidor tanto em vias econômicas (financeiramente retornável) quanto em acessibilidade alinhado ao valor agregado que aquele produto carrega naturalmente.
Uma ótima leitura que superou todas as minhas expectativas em relação ao próprio trabalho do designer desenhador quanto da grande ajuda e complemento técnico industrial que engenheiros, arquitetos, programadores, e tantos outros profissionais fazem no dia-a-dia do mundo do trabalho que sempre foi muito compartilhado.
Até o próximo livro.
Ass.: Thiago CS
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