Adobe Pré-estreia... (ou o popular Adobe Premiere)
Durante o mês de janeiro fiquei a estudar feito doido um conteúdo que não tinha total domínio. Hoje posso falar que continuo não tendo muito domínio sobre esse conteúdo porém sei mais coisas inúteis que não me ajudam a resolver problemas que posso passar do que coisas realmente uteis que são uma mão na roda e não estavam relacionadas ao último livro lido.
Adobe Premiere é um programa de edição de vídeos para cinema e TV. Sua abrangência e versatilidade é tamanha que é impossível falar de Vídeo sem falar da família Adobe de programas de edição. O que o caracteriza como programa (além de estar num ambiente virtual de trabalho) é o fato dele ser um editor de vídeo não linear.
Antigamente, quando os filmes eram rodados e ficavam guardados em rolos, a edição era linear pois era preciso ver a tomada gravada, separar o trecho que era necessário, cortar o filme ou duplica-lo e depois fazer a junção dessas cenas em uma ordem linear que tanto o produtor quanto o editor como o público entendam o conteúdo divulgado na tela.
Quando a tecnologia dos computadores evoluiu o bastante para haver edição dessas tomadas eletronicamente, surgiram algumas opções de edição digital. A mais conhecida talvez ainda seja o Final Cut da Apple porém outros também existe, como o Sony Vegas, o Cyberlink Power Director, o Corel VideStudio Pro, Magix Movie Edit Pro e o Lightworks Pro (todos pagos).
O Adobe Premiere Pró segue na mesma linha. Programa pago e caro, com recursos mil para se usar e aprender e anualmente atualizado para novas e mais parrudas versões que diferem e melhoram muito com relação as antigas. Foi sobre esse programa que estive lendo.
Classroom in a Book – A sala de aula em um livro
O livro “Abode Premiere Pró Release 2015” da linha de livros “Classroom in a Book” foi especificamente construído para ser um facilitador dos interessados em aprender edição e finalização de sequências realizadas inteiramente no computador. A parte boa dele? Existe em PDF, não é um livro tão difícil de ser lido ou entendido e com lições relativamente fáceis de serem realizadas e que segue por um caminho interessante de como o programa funciona e como se deve trabalhar com ele.
Até esse ponto, é uma alternativa bem rápida de ser achada e disponível em diversos formatos e (e-book também), fora os vídeos de YouTube (ou outro serviço de vídeo) ou cursos pagos ou outros livros disponíveis que servem ao mesmo propósito... Entretanto, onde o livro escorrega é justamente na proposta básica dele, ser acessível e fácil de ser entendido.
O autor começa a dedilhar o trabalho com exemplos abusando da linha de tempo e de cortes que são importantes para a realização dos trabalhos de edição. Passa pela organização das pastas no computador e no programa, passa pelo configurar da interface do programa e como os projetos devem ser arrumados para não causar confusão aos editores e como finalizar o trabalho.
Sempre que começa um novo capítulo / pedaço do treinamento, pede para duplicar o arquivo da lição anterior para proteger o arquivo original, e pede para fazer cópias numeradas sequencialmente para evitar uma eventual congelada do sistema ou do programa (e isso ocorre com certa regularidade além de corromper o arquivo em uso, o que gera atrasos enormes).
Entretanto, só mostra como o formato do vídeo que será usado no processo lá pelo meio do conteúdo e no final ainda mostra, uma palhinha, do After Effect, Final Cut, Avid e alguns outros programas que auxiliam o processo para indicar aos leitores que “não é só de première que o mercado vive”. É abrangente e coerente com a proposta de ser um facilitador mas em relação a uso da interface e como as ferramentas funcionam em conjunto, infelizmente, acaba por falhar.
Acerta na mão quando usa o Photoshop e o Illustrator como pontos de partida em comum para informar como a interface funciona e como a Adobe integra seus arquivos entre seus diversos programas. Ao usar os seus arquivos (Vetor ou BMP) desses programas também mostra o que ocorre dentro do Premiere na hora dessas conversões.
Um bom exemplo do uso do programa foi realizar um trabalho onde o blend mode do photoshop era usado com vetor rasterizado numa cena do Premiere, bem legal isso. Na hora de fazer certas atividades que mais precisam de conversão do que trabalho braçal do executor (ou editor) foi sim um grande trabalho.
Porém o livro peca em outros detalhes. Alguns capítulos são bem extensos e acabam por cansar o leitor. A atividade é confusa e muito fragmentada e o resultado não é tão expressivo. Ao indicar o tempo da atividade é de se esperar que a leitura daquele capítulo termine naquele tempo e na pratica só ler o conteúdo do livro leva mais tempo. Nenhum dos tempos gastos (nessas duas ações, a de ler e a de executar o trabalho) são compatíveis entre si. Uma lástima.
E para piorar, além de não demonstrar de forma eficiente algumas funções importantes que poderiam ter sido mais exploradas, gasta tempo e conteúdos pouco úteis. Quem sabe um livro só de efeitos especiais? É uma alternativa interessante.
O livro é um dos muitos livros oficiais que a Adobe deixa autorizado e que servem de treino para seus programas e isso é bom para quem já sabe algumas informações mais técnicas ou específicas, tanto da área de edição e produção de cinema e vídeo quanto do próprio programa.
OBS: Ele acerta ao explicar como funcionam os canais de áudio L e R e isso realmente não sabia. Também acertou ao falar sobre a frequência dos arquivos de áudio e o porque deles precisarem estar numa determinada faixa. Isso foi a parte curiosa da obra.
Aconselho usar algum outro programa mais simples e mais fácil de ser aprendido antes dele pois tanto o Premiere quanto o After Effect são programas específicos para plataformas 64 Bits (Apple e Microsoft e não roda e Linux ou semelhante) e nem todas as pessoas tem disponível sistemas ou máquinas possantes para rodar sistemas 64 Bits. Além de exigirem o uso de, no mínimo, 4GB de RAM (prefira 8 ou 16) ainda tem as placas de vídeo, VGAs, de alta capacidade de processamento. É um custo um elevado tanto para iniciantes quanto para os interessados.
Conclusão
Para quem tem interesse em aprender Adobe Premiere, é uma alternativa mas não pense que será tão fácil assim. Aconselho procurar um cursinho de vídeo antes de se aventurar nele.
Até a próxima semana.
Ass.: Thiago CS
Antigamente, quando os filmes eram rodados e ficavam guardados em rolos, a edição era linear pois era preciso ver a tomada gravada, separar o trecho que era necessário, cortar o filme ou duplica-lo e depois fazer a junção dessas cenas em uma ordem linear que tanto o produtor quanto o editor como o público entendam o conteúdo divulgado na tela.
Quando a tecnologia dos computadores evoluiu o bastante para haver edição dessas tomadas eletronicamente, surgiram algumas opções de edição digital. A mais conhecida talvez ainda seja o Final Cut da Apple porém outros também existe, como o Sony Vegas, o Cyberlink Power Director, o Corel VideStudio Pro, Magix Movie Edit Pro e o Lightworks Pro (todos pagos).
O Adobe Premiere Pró segue na mesma linha. Programa pago e caro, com recursos mil para se usar e aprender e anualmente atualizado para novas e mais parrudas versões que diferem e melhoram muito com relação as antigas. Foi sobre esse programa que estive lendo.
Classroom in a Book – A sala de aula em um livro
O livro “Abode Premiere Pró Release 2015” da linha de livros “Classroom in a Book” foi especificamente construído para ser um facilitador dos interessados em aprender edição e finalização de sequências realizadas inteiramente no computador. A parte boa dele? Existe em PDF, não é um livro tão difícil de ser lido ou entendido e com lições relativamente fáceis de serem realizadas e que segue por um caminho interessante de como o programa funciona e como se deve trabalhar com ele.
Até esse ponto, é uma alternativa bem rápida de ser achada e disponível em diversos formatos e (e-book também), fora os vídeos de YouTube (ou outro serviço de vídeo) ou cursos pagos ou outros livros disponíveis que servem ao mesmo propósito... Entretanto, onde o livro escorrega é justamente na proposta básica dele, ser acessível e fácil de ser entendido.
O autor começa a dedilhar o trabalho com exemplos abusando da linha de tempo e de cortes que são importantes para a realização dos trabalhos de edição. Passa pela organização das pastas no computador e no programa, passa pelo configurar da interface do programa e como os projetos devem ser arrumados para não causar confusão aos editores e como finalizar o trabalho.
Sempre que começa um novo capítulo / pedaço do treinamento, pede para duplicar o arquivo da lição anterior para proteger o arquivo original, e pede para fazer cópias numeradas sequencialmente para evitar uma eventual congelada do sistema ou do programa (e isso ocorre com certa regularidade além de corromper o arquivo em uso, o que gera atrasos enormes).
Entretanto, só mostra como o formato do vídeo que será usado no processo lá pelo meio do conteúdo e no final ainda mostra, uma palhinha, do After Effect, Final Cut, Avid e alguns outros programas que auxiliam o processo para indicar aos leitores que “não é só de première que o mercado vive”. É abrangente e coerente com a proposta de ser um facilitador mas em relação a uso da interface e como as ferramentas funcionam em conjunto, infelizmente, acaba por falhar.
Acerta na mão quando usa o Photoshop e o Illustrator como pontos de partida em comum para informar como a interface funciona e como a Adobe integra seus arquivos entre seus diversos programas. Ao usar os seus arquivos (Vetor ou BMP) desses programas também mostra o que ocorre dentro do Premiere na hora dessas conversões.
Um bom exemplo do uso do programa foi realizar um trabalho onde o blend mode do photoshop era usado com vetor rasterizado numa cena do Premiere, bem legal isso. Na hora de fazer certas atividades que mais precisam de conversão do que trabalho braçal do executor (ou editor) foi sim um grande trabalho.
Porém o livro peca em outros detalhes. Alguns capítulos são bem extensos e acabam por cansar o leitor. A atividade é confusa e muito fragmentada e o resultado não é tão expressivo. Ao indicar o tempo da atividade é de se esperar que a leitura daquele capítulo termine naquele tempo e na pratica só ler o conteúdo do livro leva mais tempo. Nenhum dos tempos gastos (nessas duas ações, a de ler e a de executar o trabalho) são compatíveis entre si. Uma lástima.
E para piorar, além de não demonstrar de forma eficiente algumas funções importantes que poderiam ter sido mais exploradas, gasta tempo e conteúdos pouco úteis. Quem sabe um livro só de efeitos especiais? É uma alternativa interessante.
O livro é um dos muitos livros oficiais que a Adobe deixa autorizado e que servem de treino para seus programas e isso é bom para quem já sabe algumas informações mais técnicas ou específicas, tanto da área de edição e produção de cinema e vídeo quanto do próprio programa.
OBS: Ele acerta ao explicar como funcionam os canais de áudio L e R e isso realmente não sabia. Também acertou ao falar sobre a frequência dos arquivos de áudio e o porque deles precisarem estar numa determinada faixa. Isso foi a parte curiosa da obra.
Aconselho usar algum outro programa mais simples e mais fácil de ser aprendido antes dele pois tanto o Premiere quanto o After Effect são programas específicos para plataformas 64 Bits (Apple e Microsoft e não roda e Linux ou semelhante) e nem todas as pessoas tem disponível sistemas ou máquinas possantes para rodar sistemas 64 Bits. Além de exigirem o uso de, no mínimo, 4GB de RAM (prefira 8 ou 16) ainda tem as placas de vídeo, VGAs, de alta capacidade de processamento. É um custo um elevado tanto para iniciantes quanto para os interessados.
Conclusão
Para quem tem interesse em aprender Adobe Premiere, é uma alternativa mas não pense que será tão fácil assim. Aconselho procurar um cursinho de vídeo antes de se aventurar nele.
Até a próxima semana.
Ass.: Thiago CS
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