As origens do Cinema - Livro - The Technique of Film ando Video Editing

O livro se dedica a descrever como a edição de um filme é tão importante quanto seu roteiro e a equipe de produção. Passando pelos estilos de trabalho, a edição, a proposta, o posicionamento das câmeras, a quantidade e qualidade dos cortes nos filmes, o tempo das tomadas, onde está o foco das cenas, os diálogos dos personagens, os ambientes diversos (dependendo do filme), traduz, a partir de muitas obras, o trabalho do cinema.

A edição lida foi a 4a edição. Estava escrita em inglês e é do ano de 2007.

Os múltiplos interesses, descritos no livro, são conflitantes em alguns roteiros e com as visões de  muitos diretores. Como resolver esses conflitos (de visão e função) fez de roteiristas seguirem o seu trabalho como diretores e como os antigos e modernos diretores conseguiram criar e estabilizar determinados detalhes dos generos de filmes consagrando seus estilos em cada gênero ao qual trabalhou.

Como cada diretor que executou tal trabalho e teve uma audaciosa e perspicácia visão do que queria fazer para passar a mensagem do filme apresentado. Para solucionar problemas de roteiro, filmagem e tecnologia com criatividade e mudanças importantes para concluir suas obras, essas visões foram seus artifícios para encontrar o ponto ideal do filme.

Através do século XX, a evolução das técnicas, das tecnologias, dos artifícios e detalhes melhoraram os trabalhos do cinema. Porém sua evolução só ocorreu definitivamente, e de forma mais intensa, quando os seus criadores (diretores, roteiristas e atores e atrizes) perceberam que poderiam usar as influências da TV, do Teatro, da Musica, da Roteirização e da fotografia a seu favor. Não só a produção foi alterada como a pré produção e a pós produção também receberam ajustes e evoluções constantes.

Vindo desde 1895 até os finais dos anos 1990, abrange grandes obras de cada gênero. Descreve e detalha as principais cenas de filmes importantes e famosos como também abrangem filmes não tão famosos. Alguns nunca chegaram no Brasil mas podem ser encontrados em videotecas ou pelos clubes de cinema do passado. Hoje, a internet ajuda a encontrar algumas obras primas com maior facilidade e com direito a legendas do original, em inglês, em russo (dependendo da origem) e em outras como francês, espanhol, italiano, japonês e português.

Resume o século XX do cinema como sendo o século dos editores mas não ignora o trabalho de diretores, roteiristas, atores, atrizes, fotógrafos, cinegrafistas, cenógrafos entre tantas outras pessoas que são responsáveis pela realização dos filmes (tanto para a TV quanto para o próprio cinema).

Cada influenciador dentro de sua especialidade, configurou numa mudança do genero ao qual os filmes apresentados representam. Cada década teve um pouco de tudo (que havia na época) porém é caracterizada pelo convívio entre alguns exemplos de uns poucos gêneros. Ao saturar era preciso evoluir e mudar. Até chegar na era da TV e com ela vieram os documentários específicos para a pequena tela e os vídeo clips exóticos e excêntricos, característico da geração rebelde que viveu os anos 1960 e teve seus filhos revoltos perto dos anos 1980.

Ao chegar no final do século XX a industria do cinema, com um pé na animação e muita ajuda da TV, em seus meandros e características, se consagra com uma história interna repleta de histórias e exemplos memoráveis para os trabalhos de cada grande diretor que encheu as salas de fantasias, sonhos, reviravoltas e romances.

O livro é dividido em 3 grandes partes e repleto de informações uteis de época, do gênero ou da técnica. 1ª parte fala da evolução do cinema e da edição. Na 2ª parte retrata a edição por gênero que o cinema trabalhou. Na 3ª e ultima parte, descreve os princípios da edição.

Uma obra recomendada para os amantes da produção de TV e do Cinema com o apanhado de curiosidades e nomes importantes que fez dessa industria e trabalho uma revolução no mundo do entretenimento.

Mesmo longa e cansativa (focada, principalmente, na edição) essa obra abrange boa parte do trabalho de um século onde "nada se tinha, tudo se criava" para chegar "Onde tenho de tudo o que podemos fazer agora?"

Vale o esforço, ao menos pela 1ª parte.

Até a próxima semana.
Ass.: Thiago CS

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