As frases que ouvi pela vida... Parte 1


Preferi reduzir esse texto e transformar em 2 partes pois é muito conteúdo, enfim...

Hoje essas frases fazem muito mais sentido do que fizeram em suas respectivas épocas.

“O artista precisa ter a mente aberta para novas técnicas, tecnologias e informações.”
A professora que me ensinou desenho, anos atrás, também me ensinou isso. Um bom artista não fica limitado as suas técnicas. Mesmo que ele tenha as suas preferidas, os seus métodos mais desenvolvidos e o domínio de algumas outras, não fique fechado nelas. Boa parte das técnicas compartilham detalhes e pulos do gato que podem ser usados por outras. Não precisa ser um exímio usuário de um pequeno grupo mas saiba usar todas sem se restringi-las. Variação é importante.

“Trabalho só com o que não sei fazer. Meu conhecimento me dá a possibilidade de fazer isso.”
Esse professor de programação e quem me ensinou um software específico, ao qual dei aula durante alguns anos, falou isso certa vez. No primeiro momento não havia entendido mas depois de alguns anos fez sentido. Ele continuou “Trabalhar com o que não sei me obriga a estudar mais, pesquisar mais e me manter atento as novidades. Dessa forma poderei cobrar mais pelo trabalho e ir além. Me mantem atualizado, me faz perceber o quanto preciso me manter preparado para fazer as entregas e me diversifico”.

“Em um congresso, nunca faça a apresentação no primeiro dia ou na segunda metade do ultimo dia.”
Esse professor é dono de um Estúdio de Design e continua a sua explicação de forma muito interessante. “Além desses dois dias serem os mais problemáticos, o 1° dia por estar vazio e o último pelo cansaço do público, os mesmo podem não se concentrar em suas palavras devido ou a empolgação do início ou a falta de paciência e horários apertados do ultimo dia. Escolha sempre um horário após esse começo ou antes do almoço do final. É quando o burburinho costuma acontece e outros palestrantes já passaram e deixaram suas marcas.” Falar sobre eventos e congressos é muito divertido, tanto pelos palestrantes quanto pelos espectadores. A experiência de contar histórias é incrível mas saber contar é fundamental. As pessoas querem ouvir mas tenha algo interessante para contar. Palestra chata não causa impacto.

“Dar aulas de Design é como contar historias. Todo designer tem histórias. Toda aula é contar algumas dessas histórias.”
O professor que me falou isso realmente fez sua frase virar realidade. Na prática foi isso que ocorreu. 10 aulas de 3 horas. Cada aula 1 PDF de 200 páginas. A cada grupo de páginas uma historinha diferente para contar com uma pergunta no final sobre alguma imagem ou trabalho de design que ocorreu no mundo. Isso que foi bizarro. Toda aula havia uma penca de histórias para contar sobre a área e sobre o trabalho dele. Não fizemos muitas coisas mas ter acesso a essas histórias foi uma das melhores formas de aprender Design.

”Leia a p**** do contrato” Com certa doze de imposição de uma pessoa alta e seus 40 ou 50 anos...
Esse professor, com essa frase, arranca risos até de bebê chorão com fome. Sério. Não subestime um contrato. Vi muita gente levar uma surra de legislação devido a leitura errada de um ou vários contratos. E na prática, esse professor tem razão. Não importa como ele disse ou outros falaram, faça por onde. LEIA O CONTRATO! Mais de 10 vezes, se for preciso. De trás pra frente até mas leia e entenda o que ele está dizendo. Todas as entre-linhas. Se não o azar vai ser só seu.

“Se estiver com fome, tenha fome de conhecimento”...
Esse professor falou algo muito importante para qualquer aluno de qualquer curso, faculdade, mestrado, ou doutorado. Nunca pare de estudar. Nunca deixe de aprender coisas novas. São essas coisas novas que o farão seguir em frente. Se não, só lhe sobrará o ostracismo e a infeliz frustração de ter parado no tempo. Quem para no tempo é estátua e fotografia. Nós sabemos andar e nos tornamos autônomos para seguir em frente. Então nunca pare de aprender, de estudar, de ensinar a alguém algo que ela não sabe ou não sabia que poderia aprender.

Até a próxima semana com outro texto sobre o processo do mestrado.
Ass.: Thiago Sardenberg

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