Vestibular, pós graduação, mestrado... Estou enlouquecendo...


Todo dia tenho lido sobre algum ponto de um dos muitos livros e textos da pós-graduação e da futura prova de mestrado. Esses estudos tem gerado tanto retorno e tanto esclarecimento que fica difícil não continuar mas existe uma dor de cabeça persistente que me impede de fazer tudo o que quero nesses dias, maldita enxaqueca!

Enfim, depois de algumas boas semanas voltando ao tema de criatividade encontrei essa pesquisadora do tema criatividade: Teresa Amabiles. Ela é da Universidade de Stanford, USA. Tem um estudo sobre processos e criatividade e uma palestra rápida sobre o tema no TED. Olha só o famoso e super conceituado TED. Para ela é creditado o estudo do “O princípio do progresso” em inglês “The progress principle”.

Pois bem... o estudo dela indica que para se ter um bom processo criativo é preciso ter um diário e escrever nele todos os dias para manter sua mante limpa e clara de quais objetivos foram alcançados, quais e quantos os trabalhos realizados e como isso ajuda a organizar as ideias dos participantes. Devido a isso vou tentar manter alguma coisa num novo blog de pós e mestrado só para tentar organizar minhas ideias e deixa-las disponíveis para futuros trabalhos.

Paulo Freire já falava que para a educação fazer sentido nos estudantes, ela precisa ter algum significado para suas vidas. Eu sempre fui um estudante ruim. Repetente 2 anos e mais 1 de estudos só para chegar na faculdade (época ao qual o ENEM ainda não era usado para todas as provas de faculdades públicas). Por não ser um bom estudante, ao menos numa coisa eu era chato, ser um bom aluno. Assíduo, persistente, presente /ausente (viajava mais na minha criatividade do que prestava atenção nas aulas), e não faltava (meu quantitativo de falta era menor do que 10%, faltava menos que o porteiro da escola).

Não passei em nenhuma pública. E isso era 2003 o ano de vestibular. Como sou do RJ haviam muitas opções de universidades públicas e a UFF não tinha interesse pois além de ter um vestibular muito difícil não tinha algum curso que me interessava na época.

UFRJ o vestibular ainda não usava o ENEM e ela tinha uma prova bem e equilibrada, todas as perguntas discursivas em 3 dias de provas. Era dessa forma porque o 1° dia era conhecimentos gerais. No 2° dia era mais específico e tinha a redação. No 3° eram as provas específicas e de maior complexidade. Se o candidato fosse um bom estudante só pela explanação dos argumentos que viessem na cabeça para responder as perguntas já garantiriam boas oportunidades para se chegar a graduação porém, nem todos faziam isso e escreviam enormes textos pedindo para passar (relato de uma ex professora minha do 2° grau) e logico, não passaram.

Na UniRio tinha Museologia. Como eu já gostava de arte e de história era uma boa alternativa para se cursar alguma graduação. Na época, eram apenas 2 faculdades com esse curso e a 2° era a Federal da Bahia. Descobri por mero acaso que era uma das faculdades com maior quantitativo de mulheres em algum curso. Fiquei bem surpreso mas não passei. Na Rural, além de longe, não tinha algum curso que me interessava, hoje já tem.

Na UERJ tinha história e design (que até então era desconhecido por mim) mas que uma de minhas irmãs fez parte do 1° semestre de história porém não era a praia dela. Na época que essa irmã cursou esse semestre, nosso pai precisou passar por uma cirurgia séria na cabeça para retirar um câncer (felizmente deu tudo certo e ele está vivo até hoje).

Com essa informação, essa irmã teve o excesso de motivação para refazer suas escolhas, e voltar-se ao vestibular para tentar biologia foi uma delas e após o objetivo traçado outro objetivo se tornou evidente “tentar achar a cura do câncer!”. Essa era a real motivação dela para seguir por essa carreira. Ela não achou a cura do câncer (ninguém achou ainda) então ela seguir o caminho dela com base na sua faculdade de biologia.

Eu fui para Design porém, nunca fui bom estudante e não ter passado para qualquer pública foi um ponto muito ruim dessa história. Passei para particular e continuei até o final (de 2004 até 2009). Após essa graduação me vi num dilema “o que eu faço?” pois mesmo formado não sabia o que fazia como profissional de Design.

Desde a formatura, foi uma busca constante. Definição do termo, dos trabalhos e das funções do Designer. Menos de 1 ano após a graduação houve a oportunidade de fazer uma pós. ESPM RJ com toda a pompa que a mesma tem. Foi um bom divisor de léguas. Me ensinou o que precisava e (acho eu) a faculdade não o fez direito (ou ao menos tentou e eu não lembro de tudo o que passei nela) ao final cheguei nas minhas conclusões e que hoje são as mesmas de alguns autores que tenho lido devido as provas para o futuro mestrado.

Porém já havia a vontade de cursar um mestrado. No entanto não me interessava por nenhuma das linhas de pesquisa que haviam disponíveis para se estudar no Brasil. Lá fora não era minha intensão de cursar porque iria me distanciar do que achava importante na época “estar perto de casa, da família e dos meus amigos e amigas...”

Porém, a vida é uma caixinha de surpresas e dela saíram outras coisas importantes. Precisei viajar a serviço, trabalhar em outra cidade durante 40 dias, visitar outras regiões e cidades para tentar alguma oportunidade e no final todas elas estavam no RJ. Até que precisei trabalhar por 1 ano na região serrana (depois de muito tempo de formado) e dessa experiência veio a consciência “se os alunos dessa faculdade vieram de longe como Acre, Amazonas, ou de perto como São Paulo ou Minas Gerais... Porque eu não posso ir para outros locais também?” e disso veio a motivação para continuar as buscas.

Abriu-se as inscrições para a 1ª turma de mestrado em Design Acadêmico da EBA-UFRJ. E logo eu, vindo de faculdade privada? Com uma média neutra, de nota 7 ou menos, tentando para eles? Bom, na Pós Graduação em Design Estratégico, na tal ESPM, média foi de 9.2. Depois dessa eu acho que aprendi a estudar e a fazer os trabalhos direito...

Tomara que essas experiências me ajudem a não me perder do meu foco. O mestrado. E com os estudos recentes tomara que consiga ter algum progresso. Retorno já estou tendo, progresso ainda vai acontecer. Vou tentar fazer um diário dessa época de mestrado.

Thiago CS

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