E as leituras continuam...


São cerca de 50 páginas por dia e até aqui, ok, estou caminhando com esses estudos.

Seguindo a indicação de uma das estudiosas que descobri no caminho, fazer resumos das ultimas coisas lidas é importante. Retirar os pontos chaves de cada uma delas, manter perto dos textos originais (organização particular das pastas temas) e escrever o que entendi sobre o que foi lido é a chave para se manter o nivel constante de aprendizado e acumulação de conteúdo.

Se alguém lembrou da “Penseira” (do livro Harry Potter) como eu lembrei, nunca imaginei que poderia dar certo essa forma de trabalhar e realmente, funcionou melhor do que o esperado.

Pelas aulas da escola primária e posteriormente (em outras situações) e da recomendação de outros professores (de diversos níveis de educação) fazer o resumo com suas próprias palavras é a forma mais direta de tentar se expressar sobre o que foi lido / captado / aprendido. Então vamos a esses resumos.

Design

Veio do Inglês que significa Projeto. Design também veio do latin que significa designio ou designar. Muitas vezes confundido com o termo desenho que não tem uma abrangência tão forte quanto Design para expressar a essência de sua atividade. O abrasileirar do termo tem como tradução mais direta possível a expressão ‘Desenho Industrial’ porém, na virada das décadas de 1980 e 1990, foi definido em congresso nacional da área e reuniões de pesquisadores da época, Design, é um termo intraduzível por sua abrangência e versatilidade de trabalhos e tarefas ser enorme e interligado a outras áreas.

Ponto 3 – Gosto estético do indivíduo diante da diversidade cultural no consumo do design.

O termo tem sido usado para ressaltar valores estéticos de diversos locais, profissões e atividades. Visual Designer, Cake Design, Hair Design. Isso engrandece essas atividades porém cria um vinculo muito forte do estético e visual a ações que não tem relação com a atividade de projetar algo ou alguma coisa. Desde quando iremos trabalhar projeto de Bolo, de Sobrancelha ou de Cabelo? Não faz muito sentido (mas para o consumidor é algo enobrecedor, cria destaque em relação ao resto).

Apesar de existir uma certa vantagem ao usar o termo também é uma forma pejorativa de denigrir uma atividade relacionada ao ato de projetar alguma coisa (que não seja apenas estético). O estético está embutido na atividade mas não é a sua essência, ela apenas faz parte do todo.

A imagem dos designers que por natureza, já não está uma das melhores com a quantidade de usuários de micro computadores nas ditas mesmas atividades, quando se assimila trabalhar com a forma mais adequada a uma estética quase perfeita de produtos e serviços e não em projetos é a percepção que a maioria dos consumidores (direto ou não de design) acabam por criar de forma inconsciente.

Sobra aos profissionais da área demonstrar por seus trabalhos, estudos, portfólio e coerência nos trabalhos realizados a (infeliz e desnecessária) tarefa de 'educar' uma pequena parte dessa clientela que está disposta a aprender o que pode ser o design e não o que ele realmente é.

E como fazer isso? Defendendo o por quê das escolhas feitas no processo de trabalhar com Design e tentar fazer, por N fatores e argumentos, que: acesso a cultura, ao cinema,  TV, aos jornais, aos livros técnicos, o teatro, as viagens e passeios, entre outros fatores, são influenciadores direto do resultado final de qualquer trabalho proposto.

Não adianta existir um designer que se preocupa com tantas opções disponíveis se o cliente não aceita que certos fatores influenciem o resultado final da proposta e na mesma proporção não adianta ter um designer bem treinado e qualificado nas melhores escolas se ele só faz os mesmos trabalhos devido a função que exerce ou ao comodismo em relação a outras funções as quais poderia trabalhar.

O profissional da área do Design é por natureza um pesquisador das coisas e não um executor de tarefas com soluções pré definidas e moldadas pelas fábricas e agências de comunicação...

Ponto 4 – As relações entre o verbal e o visual no processo projetual.

Design trabalha com influências. Sejam elas visuais, textuais, sonoras, movimentadas, ou em forma de múltiplos objetos disponíveis no cotidiano, todas essas situações externas, influencia o trabalho do designer e o design que ele desenvolve.

Designer, por natureza, trabalha muito mais com sistemas do cotidiano do que por vontade e “acho que... vai ser melhor essa ou aquela escolha”. O tempo de trabalho de cada projeto varia e quanto mais o designer se desenvolve naquela situação de projetar mais referencias ele irá criar e assimilar na execução de seus trabalhos.

A linguagem escrita é responsável pela acessibilidade de conteúdos antes exclusivos de poucos (classes sociais abastadas e dominantes). Os lideres (reis, senhores de terra ou de feudo, lideres militares, ou seja, as pessoas que participam das classes sociais dominantes) precisavam se comunicar com seus subalternos e definir tarefas e funções a eles. Isso fazia parte da comunicação que vinha, de forma direta, de cima para baixo.

Porém, a linguagem escrita, verbal ou não verbal, existe desde tempos antigos, da pré-história, onde os Humanos, daquela época, desenhavam as informações que eles precisavam para sobreviver, se proteger, se alimentar e qual animal caçar e de que forma o fazer. Repassando essas informações aos seus descendentes, os mesmos poderiam sobreviver as adversidades do mundo ao qual faziam parte.

Além da língua escrita e dos desenhos (que se desenvolveram no decorrer dos milênios), os sistemas musicais, as mecânicas dançantes, as temáticas visuais, a identificação de produtos, de serviços entre outros, são formas de ler o mundo ao redor do ser humano e que nós, pessoas, fazemos sem perceber pois já estamos assimilando esse conteúdo por nossa convivência com os mesmos após tantos anos seguidos. Sem perceber como fazemos esse reconhecimento o Design tem por finalidade transformar essas percepções de mundo, externo e interno, que temos desenvolvido por tantos séculos.

Pela capacidade técnica de sintetizar essas informações, os designer são treinados para simplificar, facilitar e agilizar o reconhecimento dessas informações pelas pessoas. Não adianta ter uma frase de seis palavras para serem lidas em poucos segundos que podem ser representadas em apenas um desenho.

A expressão “Uma imagem vale mais do que mil palavras” vem como complemento para se melhorar as técnicas de síntese e os resultados propostos de como se expressar, graficamente, a cada uma dessas situações são os benefícios que o cotidiano humano recebe.

Cabendo ao designer a função de sugerir simplicidade as mensagens criou-se também uma série de “regras” invisíveis que o designer estuda para expandir o acesso e aumentar a velocidade que essas mensagens, códigos e informações são transmitidos.

Thiago CS

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